As pessoas tem gostos diferentes, manias diferentes, jeitos diferentes, personalidades diferentes.
As vezes não entendemos o por quê, as vezes não damos chances de entender o por quê, as vezes não nos importamos com o por quê.
Novamente volto a falar sobre a primeira impressão, coisas que julgamos a primeira vista.
Há alguns anos fiz uma visita a Expoflora em Holambra, um lugar maravilhoso, para quem gosta de flores e plantas. Vi muitos tipos, tamanhos, cores e muita espécie que eu nem conhecia. Teve uma planta que me chamou a atenção assim que eu a vi, era pequenina, verde e repleta de espinhos, fiquei um bom tempo só olhando até que cheguei mais perto para pegar e avaliar sua beleza. Minhas amigas ficaram assustadas, como eu poderia achar beleza em uma planta coberta por espinhos? Disseram que eu tinha mal gosto, porque em meio a tantas flores coloridas eu escolhi justamente a mais feia e espinhosa....
Vocês já sabem qual era a plantinha: um cactos.
Eu não resisti, apesar da torcida contra, comprei duas espécies e levei para casa. Estava super feliz, achava lindos sem me preocupar com o que me diziam.
Alguns meses depois, uma surpresa. Eu não conhecia muito bem sobre cactos, então quando vi as flores meu encantamento ficou completo. Eu não sabia que eram tão bonitas, pra falar a verdade nem sabia que davam flores!
Quando minhas amigas vieram em minha casa ficaram surpresas também, porque além de eu ainda tê-los, estavam bem cuidados e com flores maravilhosas. Nem pareciam mais as mesmas plantas, suas flores faziam os espinhos serem vistos em segundo plano, nem eram tão importantes ou marcantes como na primeira impressão que tiveram, era até um charme. Meus pequenos cactos eram bonitos!
Da mesma forma, se nós não dermos uma chance de conhecer melhor alguém, dar um tempo para entendê-la, nunca saberemos ao certo como essa pessoa é por dentro. Ela pode esconder uma linda flor, imperceptiva ao primeiro olhar.
Se tivermos medo de ficar por perto e descobrir sua essência poderemos estar perdendo surpresas agradáveis que enriquecerão nossas vidas.
Até mesmo quando vemos apenas os espinhos, os obstáculos das situações e desistimos sem antes lutar é outro exemplo. Desistir a primeira vista, sem olhar novamente, entender o que está acontecendo e se dar uma segunda chance de lutar, de seguir em frente. Não tenha medo dos espinhos!
Dêem uma segunda chance, uma segunda olhada, um tempo maior para o que lhe parece desconhecido, estranho, assustador, impossível ou feio... Nunca se sabe o que podemos encontrar ou conseguir.